24.12.09
Tchau, 2009
22.12.09
Obrigada
21.12.09
Nota

14.12.09
8.12.09
7.12.09
De dentro de mim
6.12.09
2.12.09
O Grito

26.11.09
Aprendi
17.11.09
Papel de Carta
15.11.09
Cinema e Eu

12.11.09
Sobre relacionamentos, sociologia e meu anjo
7.11.09
Enquanto todos vão para a Metamorfose
31.10.09
Acordei feliz
28.10.09
Eu sou chata
25.10.09
Motivo
18.10.09
Tira a dor daqui
15.10.09
Meio achados, tão perdidos
9.10.09
Eu não sei um título para isso
8.10.09
Essa paz
Estava tentando ler esse (lixo) de texto de sociologia sobre a linguagem humana - aposto essencial aqui, todo texto que a Nilda manda tem frases complexamente estúpidas, como "a estrutura estruturante estruturada" - quando enfezei de vez, após uma hora caindo de sono e ódio, e vim pra internet ver o que havia de bom. É claro que não havia nada de bom, mas pelo menos não tinha nenhum exemplo em francês e belga como no meu texto.
Estava observando algumas coisas quando entendi de verdade o que me falta.
Sabe, ultimamente tenho sido meio censurada por umas atitudes relativas aos meus últimos posts e, enfim, fiquei pensativa quanto a minha conduta e as necessidades que nela repousam.
Olha, sinceramente, o que me falta é essa paz que às vezes encontro num sorriso e num olhar perdidos por aí.
Falta deitar no sofá e não dar valor às coisas que não fiz, que não entendi e que provavelmente nunca irei entender. Não é nem a falta dessa compreensão didática e esse discernimento sociológico que me preocupam, é a falta de paz porque eles existem. A preocupação chata com o amanhã, com o que vão dizer.
Depois não achem estranho eu encontrar um alguém no meio de tantas pessoas e logo ficar magnetizada... São poucos os que têm essa paz, e ele tem. É como tocar o silêncio no meio do enxame em fúria.
6.10.09
Terceira postagem
5.10.09
De novo, menino bonito
Foi quando parei em conversa, minha irmã disse de forma codificada: "olha quem está atrás de você". Num súbito arregalei os olhos e tomei a Vanessa pelo pulso, como quem agarra criança birrenta. Botei-me colada a seus passos. E que passos graciosos, hein? Coisa linda é te ver assim, parece sempre meio perdido, meio que precisando de alguém para se encontrar.
Dessa vez foram seus pés quem falaram comigo, pediram-me para acompanhar numa caminhada. Aceitei. Você ficou pra trás e eu passei ao seu lado, corpo perto ao seu. Nenhuma palavra disse, mas tudo soube. Vim para cá e para nada mais liguei, afinal, te vi. Desejo é você por inteiro, esperança é conhecer seu consciente.
Agora estou feliz, cheia de paz, luminosa. Meus pés continuam junto aos teus, floridos, andando rumo ao nosso encontro que não tardiará.
Estou me apaixonando, moço bonito.
3.10.09
Segredo para você, menino bonito
2.10.09
Shampoo
28.9.09
49 cm 2,150 kg
22.9.09
Deixa eu te dizer?
20.9.09
Prenda-me se for capaz
19.9.09
Quaresmeiras
15.9.09
O Pai

Um dia Alice acordou com uma pinta acima do umbigo e foi perguntar para o pai o que era:
11.9.09
Só
9.9.09
Mocinha Curitibana
5.9.09
Consolo na Praia

Vamos, não chores.
3.9.09
Constatação
30.8.09
Talita Maria Marques Albuquerque de Talalacchio
25.8.09
Mudando de assunto
20.8.09
Frankly, dear
18.8.09
Alpiste
Do Michaelis
17.8.09
De mim
16.8.09
Morte Morrida

12.8.09
Até quando?
10.8.09
Des-oito
7.8.09
Merda de Vida - pt I
Merda de vida. Quando eu disse prá Mariana que eu ia embora, ela riu da minha cara como se eu tivesse falando a porra de uma piada. O que detesto é quando vem esse moralismo barato de dizer que eu tenho que aguentar as coisas. Aguentar é o caralho.
Eu tava fazendo um miojo quando minha mãe chegou e ficou me olhando quase um minuto, eu já tava puta porque não tinha conseguido o emprego no bar da Inferno’s e não deu pra fingir que aquilo não tava irritando:
- Que foi?
- Ah, Alice... Nem pra bar você funciona.
Eu não soube o que concluir primeiro. “Funciona”. Que porra é funcionar prá minha mãe? E outra... Quem deu o direito dela concluir alguma coisa de eu não passar nessa entrevista? Fiquei uns 10 segundos olhando a cara de asco que ela tava e o sangue foi subindo...
- Vai tomar no seu cu.
Eu saí da cozinha e só fui ouvindo os gritos dela abafados pelo choro entrando por debaixo da porta do meu quarto. Prá ser uma filha da puta eu funciono muito bem... Até pensei em dizer isso, mas o ódio era tanto que a garganta se fechou.
Sempre foi assim, sabe. Eu era uma aluna exemplar, por mais que seja difícil de acreditar, mas o que me fodeu foi a Rafaela. A Rafa não, né... A morte dela. Quando eu fiz doze anos ela morreu num acidente de carro voltando de São Paulo com a companhia de balé. Mas eu não posso reclamar da pressão que a perfeição da Rafaela fazia em mim, ela era uma menina bonita de 16 anos e se eu tivesse aquelas pernas que ela tinha, que eu não tive até hoje, também seria uma dessas meninas Britney Spears na fase virgem. O punk é que ela era minha irmã e eu não consegui suprir a falta que ela fez aos meus pais... Na verdade ela faz falta até hoje. Eu não dei esses orgulhos imbecis a eles e tenho certeza que ela poderia ter dado. Eu tranquei minha faculdade de jornalismo, não trouxe namorado em casa, já fui pega com tóxicos (pra ser menos trágica)... Seriam coisas transponíveis se a minha irmã estivesse aqui ainda. Mas ela não ta há 7 anos e eu não posso mais suportar viver nessa condição dupla de existência – sendo que não cumpro nem o papel da minha vida.
A Mariana é uma garota que eu conheci na época que eu tava viciada em Stooges, um ano depois que a Rafa se foi. O pai dela tinha uma banda cover dos caras e vivia me ensinando a tocar bateria. Quando eu ia à casa deles era tudo legal. Ela tinha uns 10 cachorros e todo mundo colava o que quisesse na parede... Fotos, pôsteres, recados, bulas de remédio, matérias de jornais, capas de disco... Tudo. Aconteceu que quando a Mari fez 15 anos os pais dela se separaram e o pai foi chamado pra produzir uma banda lá em Niterói e ela teria que se mudar de Londrina. Como a Mari gostava daqui e tinha vários amigos, ela ficou com a Solange, a mãe dela. A Solange era um demônio em forma de mulher. A menina virou uma otária igual aos outras garotas daqui. Nem saía mais comigo, não ia em casa ouvir música, eu não ia lá ver filme. A gente continuou amiga e tudo, mas os 2 anos anteriores foram muito melhores do que todo os outros até hoje em dia, que a gente tá com 19.
Bom, mas foi essa Mariana aí que quando me encontrou no mercado foi a primeira a saber que eu iria prá São Paulo. Ela me viu e deu um sorrisinho meio amarelo porque tava com o namorado
- Oi, Alice! E aí, menina, como você tá?
- Ô, Mari. Eu tô bem e você?
- Ah, tô indo, né... Fiquei sabendo que você parou de fazer a faculdade, que foi?
- Eu cansei, meu... Tô indo pra São Paulo.
Acho que a filha da puta da Mariana tava muito 13 anos pra eu ter dito assim tão livre que ia me mudar. Sei que ela deu uma risada bem alta e quando viu que eu ainda tava séria emendou qualquer coisa pra cobrir a gafe.
- São Paulo, Alice? Vai fazer faculdade, arrumou trabalho?
Eu nem pensei em mentir, queria que se fodesse mesmo.
- Não. Na verdade eu to indo porque tô desempregada. Eu tentei pegar o bar da Inferno’s mas não deu, eles queriam alguém com experiência na noite. Eu cansei daqui, Mari.
- Mas São Paulo não é brincadeira, cara... Você deveria aguentar um pouco.
- E eu não sei, Mari? Não é questão de chamar atenção, é que eu realmente preciso sair daqui. Eu conheço os meus limites, meu.
- Entendo.
- Entende?
- Pelo menos sei como funciona... O Rogério, amigo do meu namorado, vai pra lá no domingo. Tá indo com uma graninha escassa também. A namorada engravidou quando ele tava fazendo intercâmbio nos Estados Unidos, chegou aqui ela tava morando com um cara há uns 3 meses. Foi foda, mas ele ta querendo se reconstruir lá...
- Porra, e eu achando que tava fodida...
- Você é rebelde, Alice! Parece que tem fogo no rabo.
- Eu sou sonhadora, Má. Sempre fui.
- Sei bem. Quer o telefone do Rogério? Talvez vocês até podem combinar de ir juntos e tal. Se quiser eu peço pro Tales agora mesmo...
- Pô, pode ser.
Aí ela pediu pro “bebezinho” arrumar o telefone desse cara pra mim. Ela me deu um abraço bem forte, pediu pra eu mandar e-mail caso precisasse de grana que ela daria um jeito e me deu umas referências
Mas o que importa mesmo é que agora eu tô na rodoviária com um papel escrito “ROGÉRIO” na mão e 200 reais na carteira. Eu vou pra São Paulo.
2.8.09
Sobre como a vida deve seguir
28.7.09
27.7.09
Reclamação
Aí eu já diria que só tenho dormido, que as pessoas me esqueceram, que eu quero dinheiro, que não consigo ser feliz, que minha vida caiu na monotonia e o blablablá de uma Luciana chata e inconformada.
Mas eu não vou fazer isso. Tenho que aprender que minhas reclamações não são prato de ninguém e não resolvem nada... Preciso louvar as coisas boas. Odeio a ingratidão mas tenho usado muito dela.
Eu não vou mais reclamar, não por hoje.
22.7.09
Luciana
Bom, às vezes me esqueço de homenagear a pessoa mais importante de todas para mim... Eu mesma.
A Luciana é, na maioria do tempo, uma pessoa criativa e sonolenta, alguém que consegue dosar a preguiça e a efusividade paralelamente. Ela peca um pouco na intensidade... Pouco não, peca muito.
Todo sentimento que Luciana faz germinar, é tratado de maneira anomálica. Sabe, ela deixa que isso estrapole a barreira do comum, faz com que tudo que ela sente seja algo descomunal, sufocante e desumano - principalmente para ela.
Luciana também não gosta das coisas que escreve, acha bobagem. Nunca fez algo que olhasse e dissesse "uau, que texto incrível". Isso vem da necessidade de provar a si mesma que é capaz de ser melhor cada dia que passa. Não se sabe se isso ajuda ou atrapalha.
A Luciana tem sua faceta metódica. Não gosta de cachorro, portanto repudia qualquer discurso nojento - como ela considera - sobre tais animais, bem como os vegetarianistas, naturalistas e alguns outros istas de quem come alface e rola na grama com um labrador. Ela odeia que entrem em casa com o sapato que chegou da rua, não admite outro programa de humor que não seja o pânico - vai entender, né? - idolatra uma série de celebridades totalmente desconhecidas - Amanda Ramalho, Leelee Sobieski, Sam Huntington e Álvaro Cardoso Gomes estão no topo - e também gosta de duvidar da dor alheia.
Acho que a Luciana gosta muito de se vitimizar, sabe. É, de certa forma, uma maneira de se fazer presente, de mostrar que está aqui. E também vem dela... É bom ser cuidada pelas pessoas.
Mas Luciana tem lá seu certo grau de inteligência, é justa na medida do possível, acredita na sutileza e nos X-men e faz um macarrão com calabresa que você nunca comerá melhor.
Sabe, Lu. Luzinha. Você é uma pessoa ímpar, mas não é ímpar como todas as outras. Você sabe fazer da sua dor um canto pra se fazer o riso, você sabe renascer todos os dias, você gosta dos outros mais do que a si mesma. Você é meio mongolóide, sabe... Mas eu tenho orgulho de você.
Essa é Luciana de Castro, Lu, Luci ou Lua. Chame como quiser.
19.7.09
Keep Strong
Engraçado é que o que vem pra mim, volta e atinge as outras pessoas. Terrível não poder dizer nada, eu seria mal interpretada. Mas você sabe, eu sinto muito. Se não deu certo, faça como eu. Acho que esperar não nos custa nada, eu tenho esperado há 2 anos e 3 meses e colhi poucos frutos mofados disso, mas ainda tinham sabor.
É melhor que você não deixe de acreditar no que tem dentro do peito, é bom que você nunca perca a vontade de amar porque se isso ocorrer, temos um problema grande.
Dói saber que não surto efeito na sua vida, mas sei que há quem faça. E você deve erguer a cabeça e fazer esse coração magoado fingir que compreende. Porque o amor não é justo. O amor é pior que o ódio, porque não cega, é a própria cegueira.
Enfim, já te pedi várias vezes... Seja feliz. Permita-se amar. Se precisar de mim, sabe que estarei disposta a dar um colo pra ser chorado. Sabe que me manterei firme por você. Sabe, não é? Eu estou aqui, eu sempre estarei aqui. Não só por você, por mim, por todos. Faça o mesmo. Mantenha-se firme, acredite no amor, na sua capacidade de amar, acredite na reciprocidade. Seja cego.
16.7.09
Eu tô tentando
A gente tem que engolir algumas coisas a seco, fingir que não tá vendo e rir como se fosse piada. E, acredite, é complicado ver graça na dor, ainda mais na sua própria dor.
Não sei, é comum eu ser egoísta, mas eu merecia um pouco de felicidade, um pouco de milagre na minha vida... Eu acho que mereço, sabe?
O que eu passo é coisa que pouca gente vai passar, talvez seja um privilégio meu conhecer esse tipo forte de sentimento - forte é apelido - mas vem como bônus passar tanto sofrimento, tanto teste psicológico.
Eu tô tentando fingir, além de tudo, que meu cérebro tá intacto, tá sadio. Mas não tá, não tá mesmo. Eu me contradigo de segundo em segundo e isso dói em mim, dói nas pessoas.
Eu tô tentando parar de ser confusa, mas tá sendo meio foda.
14.7.09
Elaine
Desde ontem pensei que era necessário te escrever algumas coisas devido a sua importância em minha vida. Claro que não escolhi ter você nela, mas foi uma escolha sábia tomada por alguém mais sábio ainda.
Eu realmente odeio quando você critica em mim algum defeito gritante seu (você faz isso sempre), quando você não me empresta um real ou uma bolsa velha sendo que usou meu rímel, meu lenço e meu blush. Eu também odeio quando você fala pó ao invés de blush porque você faz por querer! Odeio quando você me dá conselhos óbvios, quando você dirige rápido demais, quando fala que passou na UEM e eu não, quando tem ataques hipocondríacos, quando você me talaricava, quando você briga comigo por eu ter feito alguma coisa que eu acredito ser boa e acaba não sendo - tipo trancar a porta do fundo e ir tomar banho e você querer entrar, quando você não vem ver alguma foto no pc que eu quero te mostrar - vale pra televisão também, quando você fala que não consegue acordar depois das nove (consegue sim)...
Mas eu gosto quando a gente chega rindo da faculdade, gosto quando você me defende mesmo sem querer, gosto de te ver com ódio por mim, gosto do seu faro aguçado e da sua falta de medo para abandonar as coisas. Gosto do jeito que você trata as pessoas desconhecidas, gosto do seu respeito por mim, gosto de ter que dividir as coisas com você, gosto do jeito que você se veste (mesmo você passando blush demais), gosto de ver filme com você (mesmo você errando váaarias vezes na escolha), gosto - ou gostava - da época natalina no centro da cidade, gosto de corrigir seus erros de gramática, gosto de rir do seu nome e do seu tombo na descida do Glorinha, gosto da sua cara de cu sem igual, gosto quando você conta a mesma história pela 121067° vez, do jeito horrível que você chora, de dizer que suas doenças são psicológicas, de você xingar o palavrão mais sujo quando deixa cair um lenço e gosto da sua presença todos os dias perto de mim.
Eu não sei o porquê dessa nostalgia... Deve ser a saudade das pessoas eternas que foram embora... Você ficou e vai sempre ficar, porque eu quero ir antes de você pra não precisar te dar tchau.
Você é a pau no cu mais legal que existe, eu me orgulho de te conhecer e poder dizer que você é REALMENTE a minha irmã. A teacher Elaine que leva um Castro meu no final.
Abstenho-me de certas palavras, você sabe.