12.11.09

Sobre relacionamentos, sociologia e meu anjo

Hoje eu queria falar sobre duas coisas bem diferentes. Caso elas não se entrelacem ao longo dessa postagem, não se importe.
A primeira coisa que eu queria falar é do meu problema com toda a gama de relacionamentos. Eu sou do tipo de pessoa que não tem muitas pessoas. Deu pra entender? Eu não tenho muitos amigos, nem muitos conhecidos e nem muitos colegas. Tenho pouco de tudo, até parentes. Mas a minha relação com essas pessoas vive estremecendo, principalmente as que eu conheci depois da infância/pré-adolescência. Parece que o tempo e tudo aquilo pelo que eu já passei me tornaram uma pessoa desconfiada nas horas erradas. O meu complexo de perseguição só não é doença porque de fato se confirma por várias vezes. Eu sei bem quando não agrado, porque não agrado muitas vezes. Sei também que o fato de eu ser desagradável se repete por mais vezes, daí a perseguição real. Não que eu seja uma espécie de Cristo ou Maria Madalena. Por sorte não sou! Puta sorte. Mas sei lá, os meus atos de boa vontade são todos estacas. Entenda: quando não dou oi, é por timidez ou acuamento. Sem exceção. Quando apenas sorrio e não consigo vocalizar um mero "boa tarde" é o mesmo da primeira consideração ou cansaço. Sem exceção novamente. Quando paro com olhar fixo e esta cara de cu que vocês já conhecem, é por cansaço e tédio. Nada tem a ver com quem está perto, muito pelo contrário. Se for algo a ver com alguém, é por alguém que está longe. Quando digo que sua piada não foi boa, quando te elogio, quando te corto e depois logo sorrio, é porque confio em você. Acredito que todas as pessoas são assim. Mas o fato de eu ser assim meio bruta deixa as pessos desconfiadas. Não sou chorona por maldade. Não falo alto pra fazer graça. Não falo besteira pra me afirmar. Digo que não sei o que dizer para quem está triste... Porque realmente não sei o que dizer.Digo que amo imensamente mas amo mais do que eu posso dizer. E minto, minto mesmo. Mas só minto para não estremecer mais relacionamentos.
Eu acho que deveria entender melhor o Pequeno Príncipe e voltar a fazer terapia. Não que eu esteja mal, não estou mesmo! É que eu queria descobrir alguma forma de fazer as pessoas entenderem que esse meu jeito não é má fé, é meu jeito mesmo. Tipo o jeitinho da Xuxa e seu anjo.
Estou tão bem que consigo até me elogiar hoje. Eu me vejo como alguém que pode conversar sobre o que você quiser - desde que não exija grande conhecimento didático - por horas e horas. Rio das piadas mais sujas, não tenho certos moralismos que as meninas costumam ter, não me importo que falem batendo em meu braço e aprendi a olhar nos olhos quando converso. A minha efusividade é às vezes boa, não passo mal durante o porre - só depois e você nem vê - sei balançar o pescoço tipo Fat Family - a semelhança não se restringe somente ao físico - e frescura com comida e bar passam longe de mim. Desde que não haja feijão envolvido nas duas situações.
A única coisa que tem me tirado do sério mesmo é a segunda coisa que eu queria dizer: eu odeio Sociologia. Eu não temo mais em parecer alienada ou pseudo-elitistinha tucana de merda. Eu odeio mesmo sociologia. Eu odiaria qualquer coisa que me fizesse ficar duas horas lendo 10 páginas. Poderia ser, sei lá, algo que eu escrevi no passado e redescobri que eu ia achar uma merda e me odiar por dias.
Eu acho sociologia totalmente dispensável ao meu curso. Sem demagogias. Canso de ver que "o jornalista precisa entender como o homem se relaciona com x e y e a sociedade e as forças produtivas e a cultura de massa e meu pau". Ah, por favor. A gente absorve TRAÇOS dessa parada para escrever um texto. Ou você acha que o JL vai me pedir um olhar sociológico ao molde weberiano para escrever sobre um acidente na Rua Belo Horizonte? Pelo amor de Daisy. É tão vago quanto os traços de alimentos transgênicos em bolacha de água e sal da Nestlé. É tipo, TALVEZ em UMA dessas bolachas do pacote haja 0,01% de VESTÍGIO de SOJA que PODE SER transgênica. É a proporção da sociologia dentro do jornalismo atual. E nem me venham com represálias utópicas.
Mas eu também não ligo, haverá um jeito de eu passar de ano, confio nisso. Tô confiante mesmo, pode acreditar.
E, também, eu amo cálculo estequiométrico, né, minha gente. Eu só amo aquilo que entendo. Se eu entendesse sociologia, com certeza estaria dizendo que é essencial à vida humana na Terra.

Tamo junto, Xuxa.

2 comentários:

  1. nossa Lu, você tem um blog e nem me fala.
    te odeio.



    é mentira, tá.
    você é uma linda Lu.. e eu sinto muita saudades suas frases completamente sem nexo que você diz nas horas mais improváveis da vida.
    Um beijo. te amo e podia me contar sobre esse seu blog gigatesco e pop antes, né?

    ResponderExcluir
  2. Somos iguais ou é impressao minnha?!
    adoro vir aqui *-*

    ResponderExcluir