16.8.09

Morte Morrida


Não quero mais a problemática, a didática e a teoria de não ser estática
Não quero mais planos, nem ciclanos e nem arcanjos a me esperar
Hoje eu não quis comer, não quis acordar, não quis conversar
Eu não precisei de folga, não preciso de cérebro, não quero me movimentar
Eu nem ao menos quero um canto, não quero um encanto e nem há espanto em não desejar
Pra quem não tem vida, não há bebida e nem formicida que cure a insaciedade de estar acordado
É uma inanição que não envolve estômago, que envolve a vontade de se ausentar
É Alice morrendo, Alice escorrendo por entre os dedos tortos e o punho cerrado
Uma vontade nula de ter um motivo para se emocionar
É a morte morrida, por mais piada que possa soar.


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