15.11.09

Cinema e Eu


Uma ligação quase transcendental. Um amor sublime, imensurável, eterno. Eu e o cinema, um casal perfeito assim.
Eu me lembro quando comecei a virar uma viciada em filmes. Foi na sétima série, no meio do ano. Nunca fui fã de dormir cedo e nem ficava na net de boas ainda. Aí zapeando pela tv - tava numas de odiar fantástico - e passei pelo filme do SBT: Detroit Rock City. Sabe quando o time de vocês ganha? Sabe quando vocês acham nota de 10 reais na rua? Foi essa a sensação. Eu me senti fazendo amor com um filme. Porque, meu Deus, Detroit Rock City faz amor com a minha alma até hoje.


Bom, voltando ao plano normal das coisas, eu já gostava de cinema antes, claro. Eu bem já gostava de uns terrores - amava a trilogia Pânico - e tinha uns favoritos ou outros, tipo Jurassic Park. Mas Detroit Rock City me fez conhecer 3 paixões: videolocadoras, atores e, claro, cinema. Eu amo cinema.
Depois dessa data memorável - que eu tinha anotado dentro da carteira, algo como 11 de julho - eu passei a ser cliente assídua da Cinemania. Aí foi quando conheci o terror/horror/supense. Eu adotei como rotina sair da aula e locar aquele filminho tosco de terror. Lenda Urbana, Medo em Cherry Falls, Pânico em Lovers Lane, Ripper. Qualquer um. Eu gostava de todos. Eu não lembro bem quando parei de locar esse gênero, mas sei que daí passei a assistir comédias lixo. Era besteirol atrás de besteirol. Era apaixonada pelo Sam Huntington e pela Leelee Sobieski - ops, ainda sou - e já fui por muitos atores e atrizes. Passei brevemente pelas comédias românticas, nunca curti muito ação, pegava vários dos lançamentos, sempre saquei muito de nacional - paixão pelo Wagner Moura desde Deus é Brasileiro - e tive minha fase Harry Potter e filmes do Adam Sandler.
Sei que em 5 anos de vida eu vi muito filme, muito mesmo. E foram mais filmes ruins do que bons, é que qualquer coisa me bastava. Eu até que ainda gosto de ver qualquer coisa, às vezes vejo o filme da madrugada da Globo só de zoeira.
Hoje em dia é claro que eu fiquei mais exigente. Eu amo demais o Gus Van Sant, o Tarantino e o Noah Baumbach e gosto de junkie movies tipo Trainspotting e Requiem for a Dream. Mas a minha fixação mesmo são os atores.

Eu me perdi no meio do texto e já não sei mais o que ia dizer sobre cinema e nem sobre esses atores tantos aí.
Posso dizer que não entendo nada sobre como escrever roteiro, não manjo iluminação e fotografia, nem curto muito Cidadão Kane. Eu só sei que o cinema me fez acreditar muitas vezes na vida, me fez desviar a atenção da vida real e fez com que eu a entendesse por outras vezes. Filmes me fazem companhia, me conformam, me fazem ganhar o dia, o mês, o ano. Um filme nacional que faz sucesso, um lançamento do Almodóvar, um Oscar pro meu ator favorito... São coisas tão distantes de mim mas que me importam de uma maneira tão grande que chega a ser assustadora.

Talvez fosse melhor eu nem ter dito tanta coisa patética assim... Sei lá.

2 comentários:

  1. Precisamos ver um filme juntas rs fico na vibe de comentá-lo com um amor intenso como esse que você diz aí e quase ninguém acompanha minhas idéias.
    E também quero trabalhar próximo a essa área, se é fascinante ver o produto final imagine ajudar na produção.

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  2. tenho esse filme e muito doido aaaaaaaaaaaaa mas como e doido --==Detroit Rock City==--

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