2.8.09

Sobre como a vida deve seguir

Depois de muito pensar, analisar, sonhar, vadiar e confabular - eis aqui um lindo verbo - constatei como a vida deve seguir. E minha conclusão se resume nisso: a vida não deve seguir. Por que é que encaramos a vida como uma estrada? Ela não é e nem se parece com uma. Estradas têm fim, tem sinalizações e, mesmo que esburacadas, têm estruturas iguais umas das outras. Já a minha vida não se parece com a de vocês, tenho essa certeza. Ela não é linear - o que na maioria das vezes é bom - e não tem um destino certo... Mas não é tão incerto assim. Entende como é complexo?
Acho que a vida não deve seguir, deve acontecer... Seguir é dar continuidade a algo reto, simples. Acontecer é renovar, é surpreender. Ora, ao dirigir numa estrada você tem duas opções: ser cauteloso ou não. Antes a vida nos trouxesse duas facetas, não? Diferente da metáfora, viver é lidar com contradições gritantes, dicotomias dolorosas e decisões no mínimo difíceis. Bom, acho que ficou um pouco confuso de entender novamente.
Digo que seguir a vida como uma estrada é querer ter um fim e viver é bem mais que isso... É achar o fim assim sem querer, sem cumprir protocolos sociais, como diria o Junior.
Bom, eu tô pensando seriamente em viver... Mas isso é uma concepção minha, vocês podem pegar seus carros e ir pr'onde quiserem. Eu não tenho medo de multa.

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