Nessa Estrada
Fria estrada
estreita, longa
e abandonada
Foi nessa estrada
que o meu amor deixei.
Nessa vida
Curta vida
seca, pacata
e sofrida
Foi nessa vida
que o meu coração eu abortei.
Nesse rumo
Errado rumo
torto, sombrio
e fora do prumo
Foi nesse rumo
que sem saber eu me guiei.
Nessa roda
Grande roda
mágica, alegre
e fora de moda
Foi nessa roda
que eu sambei.
15.5.09
9.5.09
Medo
Eu tenho medo, eu tenho muito medo.
Eu tenho medo da minha voz se calar logo agora, medo de regredir, medo de não conseguir.
Eu tenho medo de estar condenada, de estar fadada a um destino que não fui eu que fiz.
Eu tenho medo de que não saibam, que não percebam ou que esqueçam que eu sou capaz.
Eu tenho medo de só me restar o choro, o drama e o agouro, de não me sobrar a paz.
Eu tenho medo de ser um nada, de não saber que o sou e ficar enganada.
Eu tenho medo de não escrever nessas linhas tortas que sempre segui, eu tenho medo dos outros que a percorrem, eu tenho medo do fluxo que as coisas correm.
Eu tenho medo porque sou só, tenho medo porque não tenho sorte, tenho medo porque nessa rua escura não tem poste.
Eu tenho medo.
Eu tenho medo da minha voz se calar logo agora, medo de regredir, medo de não conseguir.
Eu tenho medo de estar condenada, de estar fadada a um destino que não fui eu que fiz.
Eu tenho medo de que não saibam, que não percebam ou que esqueçam que eu sou capaz.
Eu tenho medo de só me restar o choro, o drama e o agouro, de não me sobrar a paz.
Eu tenho medo de ser um nada, de não saber que o sou e ficar enganada.
Eu tenho medo de não escrever nessas linhas tortas que sempre segui, eu tenho medo dos outros que a percorrem, eu tenho medo do fluxo que as coisas correm.
Eu tenho medo porque sou só, tenho medo porque não tenho sorte, tenho medo porque nessa rua escura não tem poste.
Eu tenho medo.
21.4.09
Vermelha
Vermelha demais pra suportar essa vida humilde
Jovem demais pra apenas sobreviver
Pequena e fosca como um diamante bruto
Elétrica e volátil, sem entender
Hoje o céu escarlate amanheceu desabando
Caindo sobre nós um choro doído
Hoje o céu se sentiu superior aos homens
Porque nas nuvens vai ter fogo crepitando
Ontem foi um belo dia em chão
As gotas amargas não estavam pelo colchão
Ontem a Terra tinha uma dona
Hoje somos apenas uma multidão
Amanhã não se sabe o que será
A manhã talvez não nascerá
Porque o sol desistiu de brilhar
Ele entrou na caverna e foi se banhar
Vermelha demais pra suportar essa vida humilde
Jovem demais pra apenas sobreviver
Pequena e fosca como um diamante bruto
Elétrica e volátil, sem entender
I really love you.
2.4.09
Limites
Eu quero menos limites.
Menos limite pra falar, pra me expressar, pra gritar.
Quero menos limite pra ser, pra estar, pra ultrapassar, pra divulgar, pra botar o dedo na ferida.
Eu quero menos limite, menos problema, menos drama e muito menos padrão.
Quero menos limite pra agir, pra amar, pra experimentar, pra não gostar, pra defender, pra aprender, pra repousar.
Quero menos limite na vida, no amor, no ódio, na justiça, na sabedoria. Menos limite, mais contato, mais pele, mais cheiro, mais vida. Menos limite pra ser a gente, pra ser gente, pra estar contente.
Eu quero menos limites.
Menos limite pra falar, pra me expressar, pra gritar.
Quero menos limite pra ser, pra estar, pra ultrapassar, pra divulgar, pra botar o dedo na ferida.
Eu quero menos limite, menos problema, menos drama e muito menos padrão.
Quero menos limite pra agir, pra amar, pra experimentar, pra não gostar, pra defender, pra aprender, pra repousar.
Quero menos limite na vida, no amor, no ódio, na justiça, na sabedoria. Menos limite, mais contato, mais pele, mais cheiro, mais vida. Menos limite pra ser a gente, pra ser gente, pra estar contente.
Eu quero menos limites.
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