4.7.11

Bela

Lembro exatamente do dia que a conheci. Uma jaqueta bonita, um pouquinho acanhada. Teve que repetir o nome umas 3 vezes, não tenho facilidade em compreender nomes na primeira ouvida. Mas aí já decorei.
Entre esse contato inicial e o segundo eu já não sei quantos dias passaram, mas foram alguns. Aí eu já sabia bastante sobre ela, sobre o jeito inteligente e simpático que explica as coisas usando as palmas das mãos. E olha a gente dentro do olho enquanto fala de ideias, de coisas que existem. Nesse momento eu já dava oi, beijo, tchau, como é que vai?
Os casacos foram ficando ainda mais bonitos com o tempo e o sorriso também. Compreendeu minhas grosserias e durezas, achou algo bom nisso. Ganhou uma admiradora pela generosidade que usa para entender os seres humanos.
Fez textos bonitos, escreveu palavras daquelas que a gente pensa "poxa, eu queria ter escrevido isso" e causou sorrisos, lágrimas. Lá do outro lado, sem saber, falando dela e falando de mim sem saber. Os medos dela às vezes parecem os meus. A forma pela qual agradece o mundo reúne o que eu queria poder dizer mas não consigo, me trava na ponta dos dedos ou da língua. Escreve o que o egoísmo me bloqueia.
Escrevo agora para agradecer pela sua simpatia, inteligência e pela capacidade de falar coisas que eu preciso ler. Escrevo para deixar explícita a minha admiração pela pessoa e escritora que você é. E pra dizer que as portas estão sempre abertas aqui do lado de cá. Escrevo só isso porque é o que me veio agora na cabeça. Escrevo porque você é bela, Isabela.

Um comentário:

  1. Nesse dia aí você me perguntou onde eu morava e eu respondi o nome do meu bairro, "Mas é no Paraná?" e aí que eu entendi que você era apucaranense, que você conhecia minha prima... Nesse dia eu só entendi isso mesmo. O restante veio depois:
    Que você tem um coração enorme que parece muito com o meu na medida em que se dispõe a defender as coisas de que gosta, as coisas em que acredita. Entendi toda a sua determinação (que eu invejo)... E, desde esse dia eu enxergo cada vez mais as covinhas do seu sorriso de menina.

    Não sei nem como agradecer essa coisa linda que você escreveu, Luci. Me emocionou de verdade. Se uma palavra do que eu escrevi te provocou algo, então já valeu a pena. Porque eu também te admiro infinitamente, como pessoa determinada, forte e doce, mas mais ainda como escritora talentosa e latente.
    Muito obrigada, Luci. De coração. Me peguei sem palavras que consigam expressar o que senti. (:
    PS: Mostrei até pra minha mãe. Hauahuaua

    ;*

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