5.12.10

Atenção

A minha intenção aqui não é magoar ninguém. É esclarecer. Eu preciso de atenção.
Preciso de atenção na mesma medida em que preciso ficar em silêncio comigo mesma, conversando sozinha, silenciosamente, calada.
Eu preciso do cuidado extremo. Da devoção. E não é pedir muito. Talvez eu já faça isso por alguém.
Eu preciso ser ouvida, compreendida, apoiada. Eu preciso do sei-como-é-isso e do fica-bem-meu-bem. Chega a ser vital essa necessidade.
Eu preciso que me escute, preciso que pare tudo o que está fazendo e me ouça ao telefone, preciso que se penalize com o meu pesar, que chore junto as minhas dores, que force a compreensão.
Eu preciso que todo o carinho que dou seja retribuído da mesma forma, da forma atenciosa que eu tanto peço. Preciso da simultaneidade, do olhar repousado sobre os meus, enxergando as minhas palavras.
Eu preciso que atenda o telefone e se alegre por ser eu, que me acorde com bons dias e lamente a minha ausência. Meu Deus você longe daqui como me dói.
Eu preciso que você demonstre isso tudo com a mesma intensidade que eu demonstro. Caso contrário, me sinto sozinha, fico ferida.
Eu preciso de você, sabe?

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