6.7.10

De volta

Há muito tempo não escrevo. Não tenho tempo. Eu estou ocupada demais fazendo coisas que não gosto e brigando com pessoas que gosto e não entendem como sou. Eu sou frágil.
Há muito tempo não coloco as ideias no lugar. Já não tenho prioridades, medo, não sei o que é saudade e o que é vontade de estar por perto.
Há muito tempo não cuido de mim. Como mal, durmo mal, tusso o dia todo. Ao menos não fumo mais. Bebo em excesso.
Há muito tempo não sentia aqui dentro o amor me castigar dessa forma tão bruta. O coração cansado, a voz trêmula, as veias doloridas. Eu já estava me esquecendo como era isso tudo.
Há muito tempo não ouço um "te amo", ou talvez nunca tenha ouvido. Não ganho abraço, não mordo mais.
Há muito tempo não vagabundeio, não fico no ócio, não sou adolescente.
Há muito tempo eu não caía na fossa de novo, mas eu voltei. De onde nunca deveria ter saído.

É bom estar no inferno de novo.

17.6.10

10 dias

Nem sei o que falar.

7.6.10

O peso da importância

A importância das pessoas não se mede por anos ou pela sequência de dias vividos com alguém. Não é também medida pela quantia de "eu te amos", "boa noites" e "preciso passar essa noite de 30 de junho com você, por favor". Tampouco creio na importância calculada pelos bons momentos e sorrisos largos, por mais que também contem. Os abraços e as frases curtas que dão arrepio também contam, mas ainda não é isso. Não é a companhia, não é a afinidade. A importância de alguém não pode ser medida. Acho que esse não é o verbo. Pesar, calcular, medir. Não. Talvez seja apenas sentir. A importância de alguém é sentida a cada um milhão de batimentos cardíacos por minuto no momento em que se está com alguém. É o tanto de vezes em que a cabeça diz "fica nessa abraço porque eu preciso de você" em cada despedida. A importância de alguém é o cheiro de roupa limpa que impregna na gente e não sai mesmo que ninguém o sinta. Ou talvez isso tudo seja amor, mas isso realmente não importa.

3.6.10

Ei, garoto!

Eu preciso que você entre e deixe a porta fechada.
O frio entra pela fresta e me gela os pés descobertos. O frio de junho deixa a gente solitário.
Já que você quase foi lá fora, eu quero que me faça um favor antes de se deitar ao meu lado. Eu preciso que você entre e deixe a porta fechada.